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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

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sábado, 25 de dezembro de 2010

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ssistencialismo, autoritarismo e Educação!!!

Assistencialismo, autoritarismo e Educação


Autor: Carlos Henrique Araújo

É interessante notar que no Brasil há uma ampla, geral e irrestrita confusão entre educação e assistencialismo, que desemboca em ações autoritárias. Basicamente, as concepções que movem os grandes projetos nacionais em educação são todas assistencialistas. Vamos a alguns exemplos.


Sendo necessário aumentar a participação dos jovens nas universidades, inventa-se o Prouni para dar conta da tarefa, um programa de bolsas para alunos carentes poderem entrar em faculdades, geralmente, de pouca excelência, para dizer o mínimo. Não houve a opção por melhorar o ensino básico e preparar os estudantes para ingressarem nas universidades públicas ou privadas por mérito, e não por um direito subjetivo inventado artificialmente ou por uma mera necessidade estatística qualquer.


O Brasil escolheu, com a adoção de mecanismos como o Prouni, o caminho do assistencialismo puro e simples de uma bolsa e contornou a questão do mérito e talento como valores a serem preservados quando se trata de formar as pessoas, de ensinar uma profissão, como é o caso do ensino superior.


Fato marcante do assistencialismo em que está metida a educação nacional é a idéia de universidade pública, gratuita e para todos. Esse pensamento acabou por burocratizar a universidade, na medida em que a isola do mundo, piorar a qualidade, pois se é para todos que todos entrem; não importa como e com que bagagem intelectual e de interesse real pela profissão a ser aprendida. E, ainda, criou a imensa distorção de ter alunos ricos que não desembolsam um real sequer para o pagamento de seus estudos. Realmente, há poucas coisas menos demagógicas do que esta história de universidade para todos.


Outro exemplo gritante produzido por esta confusão é o tal do turno ampliado na educação básica.  Em nome de ampliar as horas em que as crianças e adolescentes passam na escola bolaram este mecanismo. Geralmente, são incluídos neste período estendido atividades de uma espécie de recreação: atividades lúdicas e do folclore brasileiro, como o jogo de capoeira. Enquanto isto, os alunos europeus, japoneses, norte americanos têm em média oito horas diárias de estudo, incluindo esportes, artes e outras atividades. A observação a ser feita é que os legisladores e dirigentes educacionais não conseguem, simplesmente, conceber mais atividades pedagógicas para o turno estendido. Vêem esta extensão como um mero complemento, uma forma de manter a criança na escola, longe das ruas. Ora, vêem a extensão das horas como uma atividade de assistência e não de ensino.


Não satisfeitos os dirigentes e a tal comunidade escolar deixaram de lado o ensino das matérias tradicionais (55% das crianças de 5º ano encontram-se analfabetas, segundo o MEC), e passaram a querer substituir a educação familiar, introduzindo assuntos pouco pertinentes à escola, tais como valores sexuais, políticos, religiosos e de cidadania. Esse é o fenômeno do assistencialismo transfigurando-se em autoritarismo.


Ora, a mesma escola que não está sendo eficiente em sequer ensinar a criança a contar, ler e escrever atreve-se a ditar parâmetros de comportamento e a combater supostos preconceitos. Pretensioso, arrogante e autoritário está se tornando o ensino no Brasil. Não consegue ensinar o básico e quer ser a fábrica de comportamentos baseados em preceitos de engenharia social.


A mistura de assistencialismo e autoritarismo estatal no ensino brasileiro está ajudando a construir uma sociedade inteira contra a família, contra a responsabilidade individual, contra o pensamento livre, contra a livre iniciativa e contra os valores de eficiência, sabedoria e competência. Não é possível uma Nação realmente desenvolvida sem o cultivo do mérito e do respeito ao esforço e ao saber. Muito menos se constrói um a Nação forte e autônoma roubando os filhos das famílias.

http://www.artigonal.com/educacao-artigos/assistencialismo-autoritarismo-e-educacao-3790518.html


Perfil do Autor

Mestre em Sociologia, consultor, ex-diretor do Inep/MEC.