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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cultura de submissão e covardia

Cultura de submissão e covardia

O artigo do Cel. Gelio Fregapani foi comentado pelo deputado Lael Varella em pronunciamento na Câmara dos Deputados em 10-08-2011:

Quantas lições se encerram no massacre ocorrido há alguns dias na Noruega, sobretudo se o relacionarmos com a demagógica campanha do desarmamento dos homens honestos, e, ao mesmo tempo deixando os bandidos cada vez mais armados e contentes ao ver a população ordeira desarmada, pois isso lhes facilita a ação!

O experimentado Cel. Gelio Fregapani demonstrou em recente artigo sobre a matança norueguesa que a primeira morte foi causada pelo maluco assassino, mas as outras decorreram da estupidez dos desarmamentistas, pela famigerada cultura de submissão e covardia propagada por pacifistas poltrões.

Após o ataque contra o escritório do primeiro-ministro, o psicopata atacou a tiros o acampamento de jovens do Partido Trabalhista na ilha de Utoya, a 40 km de Oslo, deixando mais de 70 mortos. Monstruoso? Sim. Inevitável? Não. Na verdade, fruto da política estúpida de transformar o cidadão num debilóide diante das instituições do Estado.

Com efeito, a ideologia que impõe ao cidadão a renúncia do direito natural de defender a sua vida, a sua família e a sua propriedade torna o indivíduo fraco, submisso e covarde, pois ao abrir mão de seus meios de defesa ele delega toda essa responsabilidade ao governo, à polícia e ao judiciário, naturalmente incapazes de protegê-lo.

“Não reaja”, dizem a grande mídia e ONGs, “nem olhe para o bandido, para que ele não tema que você o reconheça”, “nunca ande completamente sem dinheiro, mas sempre leve algum para que o ladrão não fique irritado”. Discurso bonitinho, mas na prática você se torna vítima indefesa, e dependerá sempre da misericórdia das pessoas de má índole.

Nessas condições, o resultado cada vez mais freqüente vem sendo a morte do indefeso, ainda que não reaja. Analisemos o que aconteceu na Noruega. Havia 560 pessoas na ilha e apenas um atirador. Ninguém reagiu. Seriam 560 contra um. Mesmo assim o maluco solitário matou 70 pessoas e saiu ileso e sorridente.

O agressor agiu livremente por uma hora e meia sem que ninguém lhe oferecesse qualquer resistência. Todos ficaram aguardando a chegada de um salvador. Para pelo menos 70 deles, o salvador nunca chegou (havia um policial dando a segurança e, alegrem-se os pacifistas das ONGs, totalmente desarmado). Por irrisão, foi o primeiro a ser abatido.

Quinhentas e sessenta pessoas entraram em pânico e tentavam fugir sem pensar em reagir, ora se escondendo atrás de pedras, outros se jogando ao mar, outros se trancavam em banheiros. Outros ainda, paralisados de medo, só não foram abatidos por sorte, enquanto o agressor gritava que ia matar todo mundo, passeando entre os corpos de vítimas abatidas.

Houve até quem usasse outras pessoas como escudos humanos, tremendo de medo, enquanto seus amigos eram alvejados e seus corpos caíam sobre ele. Como se explica que o psicopata ficasse uma hora e meia atirando sem que ninguém das 560 pessoas tenha gritado “pra cima dele, todo mundo!? ”

Mais do que no Brasil, a população da Noruega é doutrinada segundo essa covarde cultura de submissão que os torna incapazes de lutar até mesmo por suas vidas. Deixam-se matar sem combater, como cordeiros, e o lobo nem se importa com o número deles. Convenhamos, muitos animais são capazes de atitudes mais dignas, solidárias e coordenadas.

Sr. Presidente, ainda temos fresco na memória o massacre na escola em Realengo. Na ocasião, comentei dessa Tribuna que o mesmo só foi interrompido pela arma de um sargento da PM. Não fosse o policial, que entrou pelos corredores de onde só se ouviam disparos, choros e gritos, o número de vítimas seria incalculável.

Ainda havia muitas crianças para serem mortas e munição não faltava ao psicopata tupiniquim. Contudo havia um homem armado que chegou para encerrar a tragédia que se projetava ainda maior. Era um policial, mas poderia ser um professor, ou qualquer cidadão honesto que portasse uma arma de fogo.

Como diz o Cel. Fregapani, cabe a nós decidirmos que tipo de nação queremos para o Brasil, acovardado e submisso ou uma nação corajosa, honrada e confiante. Não resisto em lembrar o ato corajoso e cheio de Fé do nosso povo na Batalha do Monte das Tabocas em Pernambuco, em 1645, comemorada agora no dia 3 de agosto.

A coragem, a honra e a Fé

Conforme narra a Revista Catolicismo, Nossa Senhora com o Menino Jesus socorreram os brasileiros. O grande Fernandes Vieira, vendo o perigo, gritou: “Valorosos portugueses: viva a Fé de Cristo! A eles, a eles”. O padre Manuel de Morais, erguendo a imagem de Cristo, pediu a todos que rezassem uma Salve Rainha à Mãe de Deus, pedindo-lhe auxílio.

“E em dizendo todos em alta voz ‘Salve Rainha, Madre de Misericórdia’, se viu logo o favor da Mãe de Deus, porque o inimigo começou a se retirar descomposto e ir perdendo terra a olhos vistos, e os nossos começaram a gritar ‘Vitória, Vitória’, e acometeram com tanto ímpeto, que o desalojaram e deitaram fora do campo, ficando a gloriosa vitória alcançada pelos merecimentos da Virgem Maria Mãe de Deus”.

No dia seguinte, os católicos ouviram dos holandeses aprisionados este impressionante testemunho: “Viam andar entre os portugueses uma mulher muito formosa com um menino nos braços, e junto a ela um velho venerando, vestido de branco, os quais davam armas, pólvora e balas aos nossos soldados, e que era tanto o resplendor que Nossa Senhora e o Menino Jesus lançavam, que lhes cegava os olhos e não podiam olhar para eles de fito a fito. E que esta visão lhes fez logo virar as costas e retirar-se descompostamente”.

Um grande milagre de nossa historia pouco divulgado nos livros escolares, mas que exprime a coragem, a honra e a Fé de nossos maiores.

Sr. Presidente, que esse ato de coragem e de Fé sirva de exemplo para esses tristes dias de covardia. Tempos nefastos em que o mal parece triunfar, em que os homens acovardados caminham para o cocho da ração sob o manto da vergonha! Nessa hora suplicamos: Que a Virgem Aparecida nos salve! Tenho dito.

http://www.paznocampo.org.br/blog/blog_db.asp
segunda-feira, 15 de agosto de 2011

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