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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Gregório Duvivier...

Gregório Duvivier
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Gregório Duvivier do Porta dos Fundos é um ignorante. E um ignorante persistente. Para responder ao Arcebispo de São Paulo, que afirmou ser a peça de Natal do grupo Porta dos Fundos de “péssimo mau gosto”, criticou-lhe o pleonasmo e repetiu clichês contra a Igreja.

Gregório, seu menininho mau... o pleonasmo usado pelo Arcebispo foi uma maneira elegante utilizada para deixar claro que o simples termo “mau gosto” não traduz satisfatoriamente o que foi aquilo que vocês produziram por ocasião do Natal. Certamente qualquer termo mais adequado soaria ofensivo demais e, ao contrário de vocês – que ganham dinheiro ofendendo os outros – ele não é dado a baixarias.

No mais, os clichês citados por Duvivier só demonstram o que estamos fartos de saber. No que diz respeito às suas opiniões sobre a Igreja, ele é preconceituoso, agressivo e raso. Raso, porque citar Giordano Bruno e Galileu Galilei é quase como passar todos os sábados repetindo bordões no Zorra Total. Aquilo não é humor tanto quanto as referências dele não são história.

Galileu Galilei não foi julgado por conta da sua peça humorística nem por conta de sua teoria científica. Nem tampouco pelo Sistema de Copérnico, que ele defendeu. Galileu foi julgado por tentar transportar sua teoria científica para o campo teológico. Se é uma temeridade transpor a teologia para a ciência, o mesmo se diz quando o contrário ocorre. Galileu Galilei continuou praticando ciência até o fim da sua vida, a soldo da Igreja. Amigo pessoal do Papa, recebeu os sacramentos por ocasião de sua morte, a benção papal e a ingulgência plenária.

Giordano Bruno não morreu porque achava que o universo era infinito. Giordano Bruno morreu porque era um adversário furioso da Igreja. Ele foi condenado por sua beligerância contra a Igreja Católica que incluía, entre outras coisas, o livro “A expulsão da Besta Triunfante”, um ataque direto à Igreja. Foram oito acusações feitas contra ele e nenhuma envolvendo suas teorias pseudo-científicas. Pseudo-ciência porque sabemos, hoje, que o universo não é infinito, não é mesmo? E porque antes de crer que suas considerações eram científicas, Giordano Bruno encaixava seus pensamentos em uma linha filosófica esotérica.

Ah sim, Giordano Bruno foi queimado na fogueira. Discuta com Jacques Le Goff, com Georges Duby e outros historiadores o que eles acham do julgamento anacrônico dos fatos históricos. Duvivier também não está interessado em rigor histórico. O que ele faz não é novo. É a boa e velha detração que já existe há uns 200 anos contra a Igreja. Ele bem que poderia lembrar das forcas de Robespierre, que talvez ele até admire. Ele tem Giordano Bruno. Eu cito pelo menos 35 mil religiosos no cadafalso da deusa razão.

Mas é claro, Duvivier não está interessado em história. Está interessado em palavrório, polêmica e fazer a defesa de seu ganha-pão – o Porta dos Fundos. Aquele de “péssimo mau gosto”.

Em seguida, o cômico – mais pela sua aparência do que pela sua veia artística – desvela outros clichês jogados ao vento sem o mínimo rigor e que já cansou:

A Igreja não ordena mulheres - é verdade, mas elas ocupam espaço central na Igreja a começar pelo modelo de humanidade - Maria. A Igreja não ordena mulheres pelo simples fato de que Jesus não o fez e, a despeito de estar rodeado de mulheres - protagonistas, inclusive - deixou o serviço (de servo = escravo) para os homens. Se Jesus não o fez, a Igreja não o fará. Mas sempre haverá mulheres entre os protagonistas da Igreja como sempre houve.

A Igreja admite a contracepção. Mas os métodos naturais. Ela não se alinha ao comércio da concepção e à banalização do sexo. Aos graves transtornos que os contraceptivos produzem a nível hormonal nas mulheres e na redução da dimensão que o sexo tem na vida do homem.

A Igreja nunca vai admitir a cultura da morte. Aborto é crime contra um ser humano indefeso. O anencéfalo é o mais indefeso dentre todos. E o bebê que resulta do estupro é vítima como a mãe e não uma emulação do estuprador. Matá-lo no ventre da mãe é vitimá-lo duas vezes e fazer da mãe, vítima de um culpado e algoz de um inocente. Matar no ventre é tão criminoso quanto matar na próxima esquina.

A Igreja não considera pecado o "amor entre pessoas do mesmo sexo", mas o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo. Descolar a palavra "amor" do seu sentido correto e transportá-lo para o mundo da sexualidade é um jogo de palavras muito em voga. O termo sexo vem de "secta", parte. O ser humano é o resultado da união dessas partes, homem e mulher. Essas partes se unem pelos seus órgãos genitais. Genitais de gênesis = origem. É de onde principia a vida. A Igreja acredita nesse princípio da sexualidade humana. Gregório, quem é o intransigente? Você, que exige da Igreja que pense diferente, ou a Igreja, que mantém sua postura mas não exige de você mudança alguma?

Duvivier é raso. Duvivier é tão patético quanto o olhar que faz ao representar. Mas ele tem o direito de sê-lo. Só não entendo como pagam para esse indivíduo existir profissionalmente e ter até uma coluna na Folha. Realmente não entendo.

Estevan Gracia Gonçalves

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