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sábado, 28 de agosto de 2010

As verdades que esquecemos...

http://antiforodesaopaulo.blogspot.com/2010/08/as-verdades-que-esquecemos.html

A solidão começou para o verdadeiro católico. Tomem nota: — ainda seremos o maior povo ex-católico do mundo.

O casamento já é indissolúvel na véspera.

A educação sexual só devia ser dada por um veterinário.

Antigamente, o defunto tinha domicílio. Ninguém o vestia às pressas, ninguém o despachava às escondidas. Permanecia em casa, dentro de um ambiente em que até os móveis eram cordiais e solidários. Armava-se a câmara-ardente num doce sala de jantar ou numa cálida sala de visitas, debaixo dos retratos dos outros mortos. Escancaravam-se todas as portas, todas as janelas; e esta casa iluminada podia sugerir, à distância, a idéia de um aniversário, de um casamento ou de um velório mesmo.

Sou contra a pílula, e ainda mais contra a ciência que a inventou; a saúde pública que a permite; e o amor que a toma.

Diz o dr. Alceu que a Revolução Russa é "o maior acontecimento do século". Como se engana o velho mestre! O "maior acontecimento do século" é o fracasso dessa mesma revolução.

O dr. Alceu fala a toda hora na marcha irreversível para o socialismo. Afirma que a Revolução Russa também é irreversível. Em primeiro lugar, acho admirável a simplicidade com que o mestre administra a História, sem dar satisfações a ninguém, e muito menos à própria História. Não lhe faria mal nenhum um pouco mais de modéstia. De mais a mais, quem lhe disse que a Revolução Russa é irreversível?

Só Deus sabe que fiz o diabo para ser amigo do nosso Tristão de Athayde. Durante cinco anos, telefonei-lhe em cada véspera de Natal: — "Sou eu, dr. Alce. Vim desejar-lhe um maravilhoso Natal para si e para os seus" etc etc. Tudo inútil. O dr. Alceu trancou-me o coração. Até que, na última vez, disse algo que, para mim, foi uma paulada: — "Ah, Nelson! Você aí, nessa lama!". O mestre insinuara que a minha alma é um mangue, um pântano, um lamaçal. E, por certo, ao sair do telefone, foi se vacinar contra o tifo, a malária e a febre amarela que vivo a exalar. Pois é o que nos separa eternamente, a mim e ao dr. Alceu: — de um lado, a minha lama, e , de outro, a sua luz.

Outrora, o remador de Bem-Hur era um escravo, mas furioso. Remava as 24 horas por dia, porque não havia outro remédio e por causa das chicotadas. Mas, se pudesse, botaria formicida no café dos tiranos. Em nosso tempo, o socialismo inventou outra forma de escravidão: — a escravidão consentida e até agradecida.

A Igreja está ameaçada pelos padres de passeata, pelas freiras de minissaia e pelos cristãos sem Cristo. Hoje, qualquer coroinha contesta o Papa.

O padre de passeata é hoje, uma ordem tão definida, tão caracterizada como a dos beneditinos, dos franciscanos, dos dominicanos e qualquer outra. E está a serviço do ódio.

Os padres exigem o fim do celibato. Portanto, odeiam a castidade. Imaginem um movimento de meretrizes a favor da castidade. Pois tal movimento não me espantaria mais do que o motim dos padres contra a própria.

Os padres querem casar. Mas quem trai um celibato de 2 mil anos há de trair um casamento em quinze dias.

O tempo das passeatas acabou, mas o padre de passeata continua, inexpugnável no seu terno da Ducal e vibrando, como um estandarte, um Cristo também de passeata.

D. Helder só olha o céu para saber se leva ou não o guarda-chuva.

D. Helder já esqueceu tanto a letra do Hino Nacional quanto a da Ave-Maria. Prega a luta armada, a aliança do marxismo e do cristianismo. Se ele pegasse uma carabina e fosse para o mato, ou para o terreno baldio, dando tiros em todas as direções, como um Tom Mix, estaria arriscando a pele, assumindo uma responsabilidade trágica e eu não diria nada. Mas não faz isso e se protege com a batina. Sabe que um D. Helder sem batina, um D. Helder almofadinha, de paletó ou de terno da Ducal, não resistiria um segundo. Nem um cachorro vira-lata o seguiria.

Estou imaginando se, um dia, Jesus baixasse à Terra. Vejo Cristo caminhando pela rua do Ouvidor. De passagem, põe uma moeda no pires de um ceguinho. Finalmente, na esquina a Avenida, Jesus vê D. Helder. Corre para ele; estende-lhe a mão. D. Helder responde: — "Não tenho trocado!". E passa adiante.

No Brasil, só se é intelectual, artista, cineasta, arquiteto, ciclista ou mata-mosquito com a aquiescência, com o aval das esquerdas.

Não há ninguém mais bobo do que um esquerdista sincero. Ele não sabe nada. Apenas aceita o que meia dúzia de imbecis lhe dão para dizer.

As feministas querem reduzir a mulher a um macho mal-acabado.

Considero o filho único um monstro de circo de cavalinhos, um mártir, mártir do pai, mártir da mãe e mártir dessas circunstâncias. As famílias numerosas são muito mais normais, mais inteligentes e mais felizes.

Na velha Rússia, dizia um possesso dostoievskiano: — "Se Deus não existe tudo é permitido". Hoje, a coisa não se coloca em termos sobrenaturais. Não mais. Tudo agora é permitido se houver uma ideologia.

Quando os amigos deixam de jantar com os amigos [por causa da ideologia], é porque o país está maduro para a carnificina.

Antigamente, o silêncio era dos imbecis; hoje, são os melhores que emudecem. O grito, a ênfase, o gesto, o punho cerrado, estão com os idiotas de ambos os sexos.

[Até o século XIX] o idiota era apenas o idiota e como tal se comportava. E o primeiro a saber-se idiota era o próprio idiota. Não tinha ilusões. Julgando-se um inepto nato e hereditário, jamais se atreveu a mover uma palha, ou tirar um cadeira do lugar. Em 50, 100 ou 200 mil anos, nunca um idiota ousou questionar os valores da vida. Simplesmente, não pensava. Os "melhores" pensavam por ele, sentiam por ele, decidiam por ele. Deve-se a Marx o formidável despertar dos idiotas. Estes descobriram que são em maior número e sentiram a embriaguez da onipotência numérica. E, então, aquele sujeito que, há 500 mil anos, limitava-se a babar na gravata, passou a existir socialmente, economicamente, politicamente, culturalmente etc. houve, em toda parte, a explosão triunfal dos idiotas.

Outrora, os melhores pensavam pelos idiotas; hoje, os idiotas pensam pelos melhores. Criou-se uma situação realmente trágica: — ou o sujeito se submete ao idiota ou o idiota o extermina.

Qualquer indivíduo é mais importante que toda a Via Láctea.

Ainda ontem dizia o Otto Lara Resende: — "O cinema é uma maneira fácil de ser intelectual sem ler e sem pensar". Mas não só o cinema dá uma carteirinha de intelectual profundo. Também o socialismo. Sim, o socialismo é outra maneira facílima de ser intelectual sem ligar duas idéias.

Eu amo a juventude como tal. O que eu abomino é o jovem idiota, o jovem inepto, que escreve nas paredes "É proibido proibir" e carrega cartazes de Lenin, Mao, Guevara e Fidel, autores de proibições mais brutais.

Com o tempo e o uso, todas as palavras se degradam. Por exemplo: — liberdade. Outrora nobilíssima, passou por todas as objeções. Os regimes mais canalhas nascem e prosperam em nome da liberdade.

Ah, os nossos libertários! Bem os conheço, bem os conheço. Querem a própria liberdade! A dos outros, não. Que se dane a liberdade alheia. Berram contra todos os regimes de força, mas cada qual tem no bolso a sua ditadura.

Como a nossa burguesia é marxista! E não só a alta burguesia. Por toda parte só esbarramos, só tropeçamos em marxistas. Um turista que por aqui passasse havia de anotar em seu caderninho: — "O Brasil tem 100 milhões de marxistas".

Hoje, o não-marxista sente-se marginalizado, uma espécie de leproso político, ideológico, cultural etc etc. Só um herói, ou um santo, ou um louco, ousaria confessar publicamente: — "Meus senhores e minhas senhoras, eu não sou marxista, nunca fui marxista. E mais: — considero os marxistas de minhas relações uns débeis mentais de babar na gravata".

No Brasil, o marxismo adquiriu uma forma difusa, volatizada, atmosférica. É-se marxista sem estudar, sem pensar, sem ler, sem escrever, apenas respirando.

Marx roubou-nos a vida eterna, a minha e a do Otto Lara Resende. Pois exigimos que ele nos devolva a nossa alma imortal.

As cartas de Marx mostram que ele era imperialista, colonialista, racista, genocida, que queria a destruição dos povos miseráveis e "sem história", os quais chama de "piolhentos", de "anões", de "suínos" e que não mereciam existir. Esse é o Marx de verdade, não o da nossa fantasia, não o do nosso delírio, mas o sem retoque, o Marx tragicamente autêntico.

O mundo é a casa errada do homem. Um simples resfriado que a gente tem, um golpe de ar, provam que o mundo é um péssimo anfitrião. O mundo não quer nada com o homem, daí as chuvas, o calor, as enchentes e toda sorte de problemas que o homem encontra para a sua acomodação, que aliás, nunca se verificou. O homem deveria ter nascido no Paraíso.

Nas velhas gerações, o brasileiro tinha sempre um soneto no bolso. Mas os tempos parnasianos já passaram. Hoje, ferozmente politizado, ele tem sempre à mão um comício.

Entre o psicanalista e o doente, o mais perigoso é o psicanalista.

É preciso ir ao fundo do ser humano. Ele tem uma face linda e outra hedionda. O ser humano só se salvará se, ao passar a mão no rosto, reconhecer a própria hediondez.

A Rússia, a China e Cuba são nações que assassinaram todas as liberdades, todos os direitos humanos, que desumanizaram o homem e o transformaram no anti-homem, na antipessoa. A história socialista é um gigantesco mural de sangue e excremento.

Tão parecidos, Stalin e Hitler, tão gêmeos, tão construídos de ódio. Ninguém mais Stalin do que Hitler, ninguém mais Hitler do que Stalin.

Vocês se lembram da fotografia de Stalin e Ribbentropp assinando o pacto nazi-comunista. Ninguém pode esquecer o riso recíproco e obsceno. Se faltou alguém em Nuremberg — foi Stalin.

Havia, aqui, por toda parte, "amantes espirituais de Stalin". Eram jornalistas, intelectuais, poetas, romancistas. Outros punham nas paredes retratos de Stalin. Era uma pederastia idealizada, utópica e fotográfica.

Sou um pobre nato e, repito, um pobre vocacional. Ainda hoje o luxo, a ostentação, a jóia, me confundem e me ofendem.

Hoje, o sujeito prefere que lhe xinguem a mãe e não o chamem de reacionário.

Em muitos casos, a raiva contra o subdesenvolvimento é profissional. Uns morrem de fome, outros vivem dela, com generosa abundância.

O povo é um débil mental. Digo isso sem nenhuma crueldade. Foi sempre assim e assim será, eternamente.




Nelson Rodrigues

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A liberdade não se decreta

A partir deste episódio da História de França, um dos muitos raros momentos em que o governo daquele país se abriu ao liberalismo, podemos formular uma das críticas mais assertivas frequentemente feitas ao liberalismo político: que ele só se realiza no estado e no governo pela via da força. Nos dias mais recentes, o exemplo de Pinochet e do envolvimento de Milton Friedman e dos Chicago Boys na determinação das políticas econômicas naquele país durante a ditadura é o exemplo que costuma ilustrar esta argumentação.

É verdade que Turgot estava certo no que pretendia fazer e que das reformas liberais da economia chilena resultaria o “milagre chileno” e, posteriormente, a liberdade política. Mas alguma coisa deve estar profundamente errada numa “ideologia” política que, em certos casos, carece da força do estado – que tanto critica noutras circunstâncias – para se impor, ou que falha em resultado da pressão pública quando não possui essa possibilidade de coação. A questão é, porém, outra: o liberalismo não é uma filosofia de governo, não é uma ideologia, mas uma filosofia de cidadania, entendida esta na relação do indivíduo com o estado, a soberania e os poderes públicos. Se fosse uma práxis política, se concebesse a possibilidade de “transformar” a sociedade a partir da soberania do estado, o liberalismo não se distinguiria das outras filosofias políticas voluntaristas e construtivistas que defendem que o poder pode mudar unilateralmente uma sociedade e os seus cidadãos. E esse juízo envolveria, entre outros aspetos negativos, uma profissão de fé em relação ao “bom governo”, quando, como bem escreveu Popper nas Conjecturas e Refutações, de resto, na mesma linha das advertências de Lord Acton sobre a natureza corruptora de todo o poder, a limitação dos poderes de soberania e do governo deve ser independente das intenções e finalidades de quem o detém.

Decididamente, as sociedades não se “libertam” a partir do poder, mas a partir de si próprias e da resistência que oferecem à tendência invasiva que toda a soberania possui. O liberalismo não serve para gerar programas liberais de governo, mas para impor limites a que estes se transformem em governos socialistas e desmesuradamente intervencionistas. Essa resistência só pode ser oposta por uma sociedade com forte apreço pela liberdade e pela responsabilidade individual que ela comporta. Por isso, é no campo das ideias e da formação da opinião pública sobre a sua relação com o poder, a soberania e o estado que o liberalismo deve operar. Não é, de fato, fácil convencer uma sociedade a arcar com o peso da responsabilidade, da liberdade e da individualidade. É politicamente muito mais eficaz convencer os cidadãos que uma minoria esclarecida de políticos os governará rumo à felicidade e ao bem-estar, sem que eles tenham de sacrificar muito mais do que alguma renda mensal e certas prerrogativas da liberdade individual. A sociedade portuguesa, historicamente trepanada, empobrecida e escravizada por um estado centralizador e totalitário, é disso um bom exemplo. Já D. Pedro IV, a caminho da cidade do Porto, logo após o desembarque no Mindelo, estupefato com a pouca adesão popular que o seu movimento “libertador” recebia de uma população fortemente miguelista, advertiu os portugueses para que o não obrigassem a libertá-los “pela força”... Hoje, ao fim de décadas de socialismo e de estatismo que lançaram o país na miséria, os portugueses e os partidos que os representam continuam a clamar pelo estado social e pelo aumento da ingerência do governo nas suas vidas. Este cenário não será, de resto, muito distinto do que se passa noutros países do mundo democrático e desenvolvido.

Na medida do que aqui fica dito, há que acrescentar que a única maneira do liberalismo exercer alguma influência positiva no governo de um país será através da influência que possa exercer sobre os partidos conservadores quando estes se encontram no poder. Como é sabido, o conservadorismo não é, ao contrário do liberalismo, uma filosofia sobre o indivíduo, mas sobre o estado, o governo e as instituições sociais. O pensamento liberal pode, por vezes, conferir a um governo conservador uma muito razoável dimensão de respeito pelos indivíduos e pelas suas liberdades e direitos fundamentais. Foi o que sucedeu, no nosso tempo, com os governos de Ronald Reagan, Margaret Thatcher e José Maria Aznar. Que não eram, todavia, governos liberais, porque governos liberais, por definição, não existem.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Quem leu o meu alerta? O "Guia Alimentar para a População Brasileira" está ganhando força!

Quem leu o meu alerta? O "Guia Alimentar para a População Brasileira" está ganhando força!

Por Klauber Cristofen Pires

Sempre que tenho me pronunciado sobre as intervenções sobre a vida privada protagonizadas pelo estado, amiúde recebo comentários inconformados - e quantas vezes insultosos - de pessoas que não se dão ao trabalho de separar alhos de bugalhos ou que, sabendo do que falo, fazem-se de sonsas.


Eu detesto cigarro! Todavia, não posso deixar de proteger a liberdade de alguém fumar em propriedade de quem autorize o uso, mesmo que eu me abstenha de frequentar justamente tal ambiente por causa de sua atmosfera plúmbea. A modo contrário, se alguém pegar carona no meu carro e estiver fumando, pedir-lhe-ei gentilmente que apague o seu cigarro. Tenho a mais absoluta convicção de que não seria grosseiro por isto. Isto é justo e é radicalmente diferente de uma lei que proíba todos de fumarem em locais que - olhem aí o flagrante de desapropriação - alegam-se "públicos", mas que na verdade são privados. Consegue o leitor perceber aonde quero chegar ou será que preciso me antecipar à sonsez alheia?

Não sou contra o uso do cinto de segurança. Entretanto, há uma diferença brutal entre eu decidir utilizar o cinto e ser obrigado a mantê-lo sobre mim sob pena de multa e até de perda da licença. Coisas como o cinto de segurança, a deformação progressiva, o freio ABS e o "air-bag" foram inventados pela iniciativa privada, não por estados e burocratas. Os cintos de segurança não têm absolutamente nada a ver com a prevenção de acidentes ou com a segurança no trânsito. A lei que obriga ao uso do cinto ampara-se em uma estatística que manda às favas os casos de pessoas que se salvaram de acidentes justamente por não terem feito uso desse dispositivo. Uma pergunta aos sonsos: uma pessoa em tal caso, isto é, que se salvasse pelo não-uso, deveria ser em seguida morta ou pelo menos multada como castigo por ter sobrevivido?

Ahhh, os sonsos! Sempre procuram nos colocar palavras à boca! Sempre tergiversam, buscando argumentos sobre fatos outros que não os abordados!

Certa vez, em um supermercado, fui abordado por uma jovem que pretendia me colher a opinião para a sua pesquisa, que começou por me perguntar se eu era adepto de uma "alimentação saudável". Perceba, leitor, o uso enxertado da prepotência na forma de uma pergunta que se faz parecer inocente, ainda mais quando operada por uma moça simpática. Ora, eu posso ser um consumidor da carne vermelha, ou um não consumidor dela; posso ser vegetariano ou macrobiótico, ou kosher. Sempre que eu afirmar estas coisas, estou sendo honesto e objetivo. Agora veja, perguntar-me se sou adepto de uma "alimentação saudável": no instante mesmo que alguém pergunta isto, já está de antemão se arrostando ao direito de determinar ao seu intelocutor o que tem definido por "saudável", e aqui digo mais: tal definição, além de subjetiva, é absolutamente precária, justamente por restar sobre a decisão de quem a define. Qem cai nesta armadilha vai brincar de "siga o rei" pro resto da vida!

Se eu sou adepto de uma alimentação saudável? Claro que sim, desde que estipulada em meus próprios termos. Que exista a ciência, que existam os médicos e nutricionistas, nada disto me obsta: posso consultá-los quando eu quiser, e seguir as suas prescrições quando eu quiser. Claro, não tenho a quem recorrer para responsabilizar-me pelo meu estado de saúde, a não ser a mim mesmo! Porém, quer saber? É assim mesmo que eu pretendo levar a minha vida! E reitero: não é porque eu pago à força por um plano de saúde vagabundo e corrupto que meu corpo reste sob a custódia do estado. Ele é minha propriedade!

O estado pode estipular um "Guia Alimentar para a População Brasileira" cientificamente infalível, por mais que eu duvide disso. E oh, como duvido! Sim, para os incrédulos, este documento existe, segundo o disposto na RESOLUÇÃO-RDC No- 24, DE 15 DE JUNHO DE 2010, em seu art. 4º, II e XXII:

II - ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL deve ser entendida, conforme o Guia Alimentar para a População Brasileira, como o padrão alimentar adequado às necessidades biológicas e sociais dos indivíduos de acordo com as fases do curso da vida. (grifos meus)

XXII - GUIAS ALIMENTARES PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA são os documentos oficiais do Ministério da Saúde que contêm diretrizes alimentares para a população brasileira.

Ôpa, espere aí? Eu disse "cientificamente infalível"? Ora, então alguém me explique o que vêm a ser as "necessidades sociais"! Será que deu para notar aí a arapuca?
Eu adoro pão - pão de trigo - mas o governo entende que deve misturar à farinha de trigo um determinado percentual de fécula de mandioca para atender às ...necesidades sociais dos plantadores de mandioca ou da indústria nacional, ou da balança de pagamentos. Que tal? Ou ainda: que dizer de misturar uma determinada quantidade de cevada ao café? Ou milho? Ou beber cerveja sem álcool, que mais parece Karo diluído em água?
Veja, leitor: meu pai odeia de morte comer peixe! Que tal se, em um país extremamente interventivo, como está a caminho o nosso, ele fosse obrigado a ingerir uma determinada quantidade de peixe periodicamente, digamos, para cumprir as metas de ingestão de Ômega 3 estipulada pelo governo? E se ele se negasse a obedecer? Poderemos pensar em consequências tais como restrições ao acesso do sistema público de saúde ou mesmo o assédio moral no trabalho? Só para o amigo leitor não pensar que exagero, nos países escandinavos a coisa rola meio assim, especialmente quanto ao consumo de bebidas alcóolicas; lá, segundo depoimento de amigos, a aquisição de bebidas segue um rito de registro e conforme as quantidades adquiridas ou conforme a frequência, uma notificação do serviço social pderá chegar á sua casa.
Caros leitores, no extremo, o que isto significa? Que vamos comer o que o governo nos ordenar, e tal decisão pode obedecer aos mais variados crítérios políticos, claro, sempre endossados por algum pretexto científico. No Brasil, tais ingerências, a princípio, seguirão os conhecimentos nutricionais, que ao longo do tempo se submeterão a interesses administrativos e enfim, descarrilharão ladeira abaixo sob o peso das contigências de uma economia fechada e disfuncional. Em Cuba, o povo é feito de gambá: praticamente a totalidade das proteínas fornecidas constituem-se de ovos, e isto quando os cidadãos (ou direi "os reclusos") não forem obrigados a assinar as suas libretas sem recebê-los; na Coréia do Norte, as autoridades já chegaram a orientar a população a comer grama!
Para quem duvida que as tais diretrizes contidas no tal Guia Alimentar para a População Brasileira se limitam a um trabalho meramente informativo, tome conhecimento de que recentemente foi realizado o seminário Indicadores e Monitoramento da Realização do Direito Humano à Alimentação Adequada no Brasil, em Brasília (atente para a extravagância orwelliana do nome). Segundo uma das integrantes, a Dra Sandra Chaves, pesquisadora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (Ufba), "projetos governamentais que visam à garantia de alimentação são eficazes, no entanto precisam estar aliados a ações educativas" (...) “Ambos contribuem, em alguma medida, na promoção do acesso ao direito à alimentação, mas precisam de ações no campo da educação alimentar e nutricional”.
Concluindo: como eu havia dito em outros artigos anteriores, tais regulações aparecem inocentes, meramente formais, meramente informacionais, mas ficam lá, à espera de fatos novos que lhes promovam a esperada eficácia, quando então todas as saídas estão fechadas para a reação popular. Assim começa com o consumo de cigarros e bebidas, ao que seguem as determinações para a alimentação saudável, para posteriormente serem implementadas as "atitudes saudáveis", tais como participar de exercícios físicos regulares e usar camisinha até que, enfim, passam às "leituras saudáveis", que todos aplaudirão pensando se tratar de censura à pornografia, mas que proibirá o acesso a toda e qualquer leitura que o estado considere inadequada - inclusive os alertas deste articulista. Tudo como previram Mises, Hayek orwell e tantos outros.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Esperto e oportunista!

http://carlosverezablog.blogspot.com/2010/08/esperto-e-oportunista.html

Esperto e oportunista!

Um dos argumentos prediletos dos bolsas net,é de que Lula sofre preconceitos por ser mestiço ex-operário,não ter diploma,etc... Ora...o malandro teve 30 anos sustentado pelo PT,e outras fontes,e não preocupou-se sequer em aprender português,enquanto Vicentinho,também de origem humilde,e igualmente petista, formou-se em direito,e Marina (continua petista)alfabetizou-se em condições muito mais precárias,após os dezesseis anos! Uma coisa é inegável:a figura,além de oportunista,é de uma esperteza macunaímica... Quando liderava as greves no ABC,jogava para os dois lados,e já possuia um corcel 2, segundo depoimento de um ex-sindicalista,e que consta neste blog... Presidente da republica,ficou mais sentado no aero lula,do que na cadeira da presidência! Suas despesas com cartões de crédito,envergonham àqueles que "vivem" de aposentadoria! Dividiu a nação em cotas,jogando negros contra brancos,sob o pretexto de "reparar" injustiças históricas,quando seria mais decente investir no ensino básico,com possibilidades para todos,e não criando situações humilhantes para os negros,que mesmo com notas inferiores são preferidos em disputa de vagas para faculdades,em função da cor de sua pele! Acusa frequentemente as elites,sendo ele,o Golden Boy dos banqueiros nacionais e internacionais;paga,demagógicamente,o FMI,enquanto a divida interna do país alcança a casa de mais de um trilhão e quinhentos bilhões de reais! Transforma o povo em párias,reféns das várias bolsas anestesias,e tudo isso,pela permanência indefinida no poder! Compara o poste a Mandela,e pasmem!,ao próprio Jesus Cristo,e as "pesquisas" indicam 80% de aprovação para a triste figura! Fica aqui um repto: que Lula vá ao Maracanã em dia de clássico e permita que seu nome seja anunciado no serviço de autofalante... Outro desafio: repetidamente,a figura acusa o governo de Fernando Henrique Cardoso de todos os problemas,por ele Lula,não resolvidos;experimente mudar o plano econômico herdado de FHC! Troque o real por uma moeda inventada,digamos,pelo Mercadante! Abandone o cãmbio flutuante...o combate à inflação...a lei de responsabilidade fiscal... Cadê o tal de plano B,que se não fosse o Meireles(ex-PSDB)tería afundado o país logo no primeiro ano de (des)governo? Ah...Duda Mendonça...O que não se inventa por dinheiro! Aliás,recebido no exterior burlando toda a legislação eleitoral,por ocasião do Mensalão!!! Ah...se eu não acreditasse na Lei de Causa e Efeito...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O atalho é um caminho mais longo


O atalho é um caminho mais longo

http://www.blogdomellao.com.br/forum/2010/08/09/o-atalho-e-um-caminho-mais-longo/


“ Tudo Pelo Social é impossível. Alguma coisa terá que ir pelo elevador de serviço” O resgate da dívida social do Brasil é urgente e imprescindível. Esse Pais que sempre soube vencer seus desafios agora tem pela frente um enigma para o qual quatro gerações de ideólogos, do vermelho sangue ao verde oliva, não encontraram resposta satisfatória. Com 2.200 dólares de renda per capita muitos dos problemas sociais que nos afligem já deveriam ter sido resolvidos. Países com renda equivalente possuem índices de escolaridade, saúde pública e nutrição muito superiores aos nossos. Na década de 50 ainda era Possível ironizar as utopias distributivistas da onírica esquerda brasileira. Afinal, o único especialista em distribuir pães sem antes tê-los produzido já falecera há dois mil anos e, depois dele, a multiplicação de pães só vem podendo ser feita através da prévia multiplicação das padarias. O incremento da produção, durante três décadas, foi uma bandeira quase que unânime da sociedade. Hoje, infelizmente, para contentar a todos necessário erguer mais alguns mastros.

A eternamente mal-humorada esquerda brasileira não tem razão quando alega que a miséria, no Pais, aumentou. A taxa de mortalidade infantil, que na década de 40 era de 25% , caiu para 7%; a expectativa de vida, que naqueles “anos dourados” era de 40 anos, hoje é de 63 . O analfabetismo, que foi superior a 50%, atualmente ronda a faixa dos 15 a 20%. O número de universitários decuplicou, o número de vagas escolares, proporcionalmente à população de faixa etária adequada, aumentou sensivelmente. Temos um leito hospitalar para cada 300 habitantes (1/1000,em 1940), e um médico para cada 750 habitantes (1/2500 em 1940). Os índices de saneamento básico também apresentaram sensível melhora e, qualquer outro indicador sério e confiável que se analise demonstrará avanços através do tempo.Por que, então, a atual preocupação com a miséria?Por uma razão simples. Na dourada década de 40 a miséria estava convenientemente longe dos olhos da opinião pública. Confinava-se no interior do Brasil, a uma razoável distância dos centros urbanos, onde uma classe media próspera vivia suas aspirações de grandeza sem maiores comprometimentos com as mazelas nacionais. Hoje não. A concentração da população nas metrópoles trouxe os miseráveis e maltrapilhos para a esquina de nossas casas. Não podemos mais ignorá-los. Eles estão em favela do nosso bairro, no semáforo da nossa rua, no assalta à nossa casa. Apesar de ser menor do que no passado, hoje, eles estão, com seu colorido dramático. O que fazer então?

A caridade, nas suas mais diversas modalidades, apesar de ser uma excelente solução para a auto absolvição de cada um, não resolve eficientemente o problema. Repressão e confinamento também não adianta. A não ser que queiramos criar aqui uma nova África do Sul. Enquanto cruzamos os braços, sem saber como proceder, as esquerdas, espertamente, avançam.Suas soluções são tão desconcertantes quanto as nossas. Não acabam com a pobreza e sim com a riqueza. Falam em dividir os campos. O resultado prático é a exportação da miséria de volta à zona rural. Propõem aumentar drasticamente o salário mínimo. Conseguirão apenas incrementar o desemprego e o subemprego. Tentam, através do incitamento a greves e passeatas, promover a ascensão social que, reza o bom senso, só pode ser obtida através do trabalho e do esforço pessoal. Pretendem apagar o fogo através de baldes de gasolina.Permeando os equívocos da esquerda e da direita está o Estado, cujos dirigentes, de forma canhestra e desastrada, esperam equacionar o problema da miséria através do ópio paternalista. Ao mesmo tempo em que distribuem o leite, desincentivam a proliferação das vacas. Quanto mais procuram baratear os alimentos, através de tabelamentos de preços, mais os encarecem através da desmontagem da estrutura produtiva. Prometem casa para todos e arrasam a construção civil, querem aumentar o numero de empregos mas, simultaneamente, aumenta os encargos trabalhistas. O povo talvez vivesse melhor não fossem tantos os seus pretensos defensores…

Há quem diga que, frente a tamanha competência, se entregassem o governo brasileiro a administração do deserto do Saara, em poucos anos iria faltar areia.Eivada por tão desastrosos equívocos, lentamente a nação vai amadurecendo para a aceitação de soluções racionais e anti-demagógicas.Estamos todos à procura de dirigentes que, finalmente, nos prometam o óbvio. Alguém que acredite, por exemplo, que sem trabalho não há progresso, sem sacrifício não há desenvolvimento, sem austeridade não se chega à prosperidade. Alguém que abdique da popularidade imediata em nome do prestigio permanente. Alguém, enfim, que proclame aos quatro ventos aquilo que todos nós já sabemos intimamente: merthiolate que não arde, infelismente também não cura. Governar não é tornar medidas simpáticas e sim necessárias, não se promove o “social” através de um minuto de heroísmo mas através de milhares de dias de trabalho incessante. Não se obtém a independência erguendo-se a espada, mas sim manejando-se a enxada.

Deixemos os heróis confinados às praças. Os pombos cuidarão deles. Precisamos hoje é de homens racionais, sensatos e realistas.Como dizia o filósofo, um povo que precisa de salvadores não merece ser salvo. Não ha soluções milagrosas. Queremos ir ao céu sem passar pelo purgatório. E enquanto não encontramos um jeito, continuamos por aqui, queimando no inferno.

Artigo escrito em 17 de março de 1989. Extraído do livro Nu com a mão no bolso.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Casos Isolados? Creio que não!

O Monstro Coletivo-Totalitário Arreganha os Dentes

http://www.escolasempartido.org/index.php?id=38,1,article,2,85,sid,1,ch 

O estudante Felipe Svaluto Paúl, autor da primeira denúncia de doutrinação político-ideológica veiculada por EscolasemPartido.org, atiçou, com sua ação corajosa, o monstro coletivo-totalitário que habita o Departamento de História da UFF.

Num grupo de discussão do centro acadêmico, soldadinhos da guarda vermelha e uma professora do Departamento (Adriana Facini) visivelmente transtornada ante a perspectiva de ser a próxima a aparecer no quadro de denúncias do EscolasemPartido.org dão um show de sectarismo, agressividade, ignorância, intolerância, covardia, falsidade e preconceito.

A discussão começou no dia 24/09/04, às 13h26, com uma mensagem intitulada “Soninha Rebel ameaçada por fascistas!!!”, enviada por uma aluna/militante que se autodefine – parece que com inteira razão –, como “recadista, mosca de padaria, burra, cheia de ardor juvenil, insana, office-boy ideológica, sobrevivente e parte da massa protestante”; e, até às 20h07 do dia 26, quando já haviam sido postadas dezenas de mensagens, nenhum dos linchadores quis saber se os fatos relatados na denúncia – ainda não respondida pela professora interessada – eram verdadeiros ou falsos. Estavam, naturalmente, ocupados demais em pregar rótulos ofensivos no malvado Felipe e na “agência babaca-fascista” que veiculou a denúncia.

Foi então que um dos participantes compareceu para dizer que “tudo o que ele [Felipe] denunciou aconteceu no decorrer das aulas, como eu e a A. testemunhamos, assim como todos os nossos colegas, tirando um ou outro exagero. Os fatos, de modo geral, são verídicos”. Até o momento em que escrevo (27/09, 15h40), esse depoimento não havia sido desmentido.

Os mais equilibrados, é verdade, abstiveram-se de censurar o colega pelo teor da mensagem, com isso reconhecendo, ao menos tacitamente, a veracidade dos fatos; mas criticaram-no duramente por não haver procurado resolver o problema junto ao departamento. Pergunto a esses alunos: – Diante das reações provocadas pela denúncia e conhecendo a professora denunciada, a estrutura e o perfil ideológico do Departamento -- tão bem representado nesse debate pela Profª Adriana Facina --, vocês realmente acreditam que essa providência teria surtido algum resultado? Vocês acham que uma conversa do Felipe com a “Soninha” teria resolvido o problema? Será que a professora, mesmo sendo a pessoa maravilhosa que é, aceitaria numa boa a crítica do aluno, sem assumir uma atitude defensiva, despejando sobre ele – como se disso se tratasse – toda aquela lenga-lenga sobre liberdade de opinião e liberdade de cátedra? E se ele houvesse feito isso, será que vocês estariam, neste momento, debatendo este assunto que é absolutamente vital para a formação de vocês? Não lhes parece, por outro lado, que o assunto interessa à sociedade em geral, que é quem suporta, com o dinheiro dos impostos, todas as despesas da UFF?

Os mais exaltados, porém, não economizaram insultos, partindo direto para o ataque pessoal, na manjadíssima jogada de desqualificar o outro lado mediante a aposição histérica e projetiva de carimbos infamantes: site de extrema-direita, órgão repressor, rapazinho denuncista (adjetivo que, aliás, não sai mais da boca dos esquerdistas...), atos de intolerância, linguagem policialesca, perseguição ideológica de tipo fascistóide, etc.

Numa de suas mensagens, a iniciadora da discussão referiu-se ao colega, ao site e ao curso de História nos seguintes termos:

“O rapazinho recorreu a um orgão repressor e sabia mt bem q haveria retaliações a professora. é um facista sim e repito na cara dele se precisar e faria isso com mt gosto. Ele deve ser processado antes q esta cobra se crie! Ele deve ter noção q ele não tem o direito de fazer o q quer a hora q bem entender. Se ele resolveu fazer historia vai ter q aturar os marxistas , anarquistas, maoistas e a pouta q te pariu e se não gostar q pague olavo de carvalho pra dar aula particular pra ele.”

E pensar que essa menina está apenas começando a sua vidinha profissional... Mas, com toda a certeza, não lhe faltarão oportunidades de trabalho: logo, logo, vai acabar sendo contratada pelo João Pedro Stédile para ensinar História, ou melhor, contar histórias nos Madraçais do MST.

Leiam as mensagens e vejam por si mesmos. É a aplicação rigorosa da estratégia leninista para a destruição do inimigo: Acuse-os do que você faz; xingue-os do que você é.

Prossigo, por isso, dirigindo-me aos soldadinhos da guarda vermelha e à professora mencionados: leiam a “carta de ameaça” enviada pelo site à Prof. Sônia Rebel, seus palermas. Leiam e vejam o quão injustos, fingidos e mentirosos vocês são. Vocês que fazem pose de democratas, de defensores da liberdade de expressão e pensamento, mas que são, na verdade, a fina flor do mais autêntico e sinistro obscurantismo stalinista.

E, por favor, não me venham com o argumento de que “a imparcialidade no ensino da História é um ideal impossível de ser atingido”. Pode ser impossível de ser atingido – e, de fato, o é, como todo ideal –, mas não é impossível de ser buscado! Pelo contrário. O homem de ciência e sobretudo o educador devem ser capazes de uma ascese intelectual; devem ser capazes de mortificar, por assim dizer, as suas crenças e paixões, preferências e antipatias em prol da verdade e da objetividade científicas. O simples fato de saber que seu enfoque pessoal pode estar ideologicamente contaminado já o obriga moralmente a precaver-se contra a influência da ideologia. Em suma: A idéia de que “não existe imparcialidade ou neutralidade nas ciências humanas” deve ser, para o professor, uma advertência, e não um salvo-conduto para a prática daquilo que o site se propõe a combater: a doutrinação político-ideológica em sala de aula, seja de esquerda, seja de direita.

Finalizo com umas palavrinhas à Profª Adriana Facina e um apelo aos alunos de boa-fé.

À primeira eu digo o seguinte: A mensagem que você postou é covarde, desonesta e mentirosa. O EscolasemPartido.org não é um site de extrema direita, como você o qualificou na tentativa de desmoralizá-lo; é declaradamente apartidário. É um site democrático e pluralista, voltado unicamente para o combate à doutrinação político-ideológica nas escolas, não importa, repito, se de esquerda ou de direita. O direito de resposta assegurado pelo site – embora você finja não entender isso – é a prova irrefutável da sua isenção e transparência; e é a prova, também, do seu caráter essencialmente liberal, na medida em que as garantias do contraditório e da ampla defesa constituem, como se sabe, um dos pilares do Estado de Direito. É mentira que o site ou alguém do site tenha ido para os jornais, promovido abaixo-assinados para o MEC e telefonado para o Mário Schmidt para infernizá-lo por haver escrito aquela obra de subliteratura didática que é a “Nova História Crítica”. É mentira que a carta enviada pelo site à Profª Sônia Rebel possua “conteúdo intimidatório”. A comparação entre a denúncia do Felipe e a liberdade de expressão reivindicada por movimentos neo-nazistas é expressão da mais pura patifaria. “Perseguição ideológica de tipo fascistóide” é exatamente o que você está insuflando os soldadinhos a fazer contra o Felipe e contra o site. Mas, tenho de reconhecer, você está certa quando afirma que o movimento iniciado pelo EscolasemPartido.org “é algo extremamente grave”. Grave e perigoso, acrescento, para professores acostumados a deitar calúnias e maledicências a torto e a direito, a distorcer e esconder a verdade dos fatos, apostando na ignorância, na timidez e no espírito de rebanho dos alunos e imaginando-se protegidos pelas cortinas de segredo das salas de aula. Nesse sentido – e já que você se sente ameaçada pelo site – é bom mesmo mobilizar a militância para “não deixar a serpente sair do ovo”. Mas ande rápido, porque a casca ela já rompeu.

Dirijo-me, agora, aos alunos de boa-fé: Não se acovardem! Não tenham medo de defender o que é justo e verdadeiro. Não permitam que suas jovens almas sejam corrompidas pela mentira e pela malícia de professores incapazes de perceber qualquer diferença entre uma cátedra universitária e um carro de som.

Não só fui eu que tive a impressão!

http://www.midiasemmascara.org/artigos/eleicoes-2010/11311--politico-corrupto-o-mal-que-vem-do-povo.html

Não fui só eu que teve a impressão! Impressão não! Certeza do que está acontecendo!

Estamos entrando numa ditadura Grascimiana. A Censura já começou está cerceando por ai!

Caçando!

http://alertabrasil.blogspot.com/2010/08/o-pt-apresenta-envergonhadamente-sua.html

http://coturnonoturno.blogspot.com/2010/08/voces-ja-viram-isso.html