Embargo contra Rússia? E a Europa já se afoga em frutas
A cavala [orig. mackerel] sempre foi o item mais valioso dos estoques de pescado na Escócia (Foto Getty Images/iStockphoto)
The Guardian, UK (Ashifa Kassam de Madri; Kim Willsher de Paris; Philip Oltermann de Berlin; Remi Adekoya Varsóvia,; e Libby Brooks Londres
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Os russos continuarão a comer maçãs, tomates e pêssegos, a diferença é que não comerão produto europeu. Comerão pêssegos, maçãs e tomates importados da Ásia, do Brasil, da África do Sul... Quer dizer: quando eles [os russos] reabrirem o mercado para nós, precisaremos de vários anos para reconquistar parte do mercado. É terrível!
(Luc Barbier, Federação dos Produtores Franceses de Frutas).
Quantidades inadministráveis de peras francesas, armazéns lotados de salsicha alemã, pimentas polonesas apodrecendo e peixe da Escócia que ninguém compra: o movimento dos russos, de pôr fim a todas as importações de alimentos que comprava de produtores europeus, como retaliação contra as sanções que a UE impôs contra a Rússia, já começa a mostrar seus efeitos em todo o continente, que já andava a passos largos rumo a mais uma recessão.
Ano passado, as exportações de produtos de fazenda, da União Europeia para a Rússia, alcançaram € 11 bilhões (£ 9 bilhões). Funcionários da UE em Bruxelas dão tratos à bola para encontrar remédios, que se espera que sejam anunciados na próxima semana, para suavizar o impacto das decisões dos russos, que podem reduzir à metade o mercado de exportação europeu.
Mas já se veem claros sinais de divisão dentro da própria UE. Nos últimos dias, ministros da Hungria, Eslováquia e Suécia já se manifestaram sobre o dano que seus países sofrerão se perseverarem nessa política de sanções contra os russos, que já começaram a morder empresas dos dois lados. O ministro húngaro, Viktor Orbán, disse que a União Europeia estava “atirando contra o próprio pé”. E quem já começa a mancar mais lastimavelmente são os agricultores, dos principais países exportadores de alimentos – Alemanha, Países Baixos, Polônia, Espanha e França.
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