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terça-feira, 17 de abril de 2012

Nassif, Dirceu, PHA, Safatle e amigos em evento com dinheiro público. Qual a novidade?

http://www.implicante.org/artigos/nassif-dirceu-pha-safatle-e-amigos-em-evento-com-dinheiro-publico-qual-a-novidade/


por Flavio Morgenstern





noticiamos aqui de passagem que José Dirceu anda com a agenda cheia demais para comparecer a um evento de blogueiros, o 2º WebFor, em Fortaleza.

É compreensível: o evento é financiado por estatais. Estatais financiando qualquer coisa é, no mínimo, imoral: paga quem vai ao evento e usufrui, e paga quem não vai. É por isso que a Petrobras financiando tantos filmes nacionais que nunca ninguém viu (ainda que isso seja uma bênção) é tão criticada. Se receber uma mamata de estatais fosse algo moralmente correto, Dirceu, preocupado com a sua imagem (e os respingos dela na própria imagem do PT) às possíveis vésperas (sic) do julgamento do mensalão, não se incomodaria em freqüentar espaços financiados por dinheiro do contribuinte.

Porém, há figurões que também não perdem um único evento desse tipo e, como não são o principal réu no escândalo do mensalão, e nem foram chamados de “o chefe da quadrilha” pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não se incomodam em farejar uma boa festinha pública. E como não há afirmações sobre emolumentos, a essa nem mesmo Dirceu, nem mesmo nessa época, se furtou a aparecer como convidado.

A informação é do excelente blog Juventude Conservadora da UnB. A 1.ª Bienal do Livro e da Leitura a ser realizada em Brasília, entre 14 e 23 de abril, sob auspícios do governo do Distrito Federal, através da Secretaria de Cultura e da Secretaria de Educação, tem uma agenda de eventos, no mínimo, peculiar por seu parcialismo, ou até mesmo partidarismo:


“O Seminário Krisis, que acontece de 18 a 21 de abril, no Auditório Nelson Rodrigues do Pavilhão da Bienal, trará a Brasília nomes de ponta para o debate de temas como Ideologia, Religião, Meio Ambiente e Economia. O seminário começa com “Fé, fanatismo e conflitos políticos no mundo atual”, tendo como convidados o brasileiro Leonardo Boff e o paquistanês Tariq Ali, com mediação do secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira. Ficará a cargo do teólogo e professor Leonardo Boff uma abordagem mais espiritualizada do tema, enquanto Tariq Ali deverá lançar seu olhar crítico à realidade política internacional.“

É curiosa a forma como a palavra “debate” é usada hoje em dia entre duas partes idênticas. No debate religioso em questão, há um “debate” entre a ave-maria e o amém – tão forçosamente óbvio que a própria programação já cuida de afirmar o que cada um irá dizer.

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